sexta-feira, 29 de agosto de 2008
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
O Rei Fela Kuti
Nao foi um simples musico, a quem o chama de Bob Marley de Africa 43 albuns, chegou a fazer campanha para ser presidente da Nigeria...leia em breve a materia elaborada por ExodoMental sobre este grande homem aqui no xitapora.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
The Disposable Heroes of Hiphoprisy - Television The Drug Of The Nation
terça-feira, 19 de agosto de 2008
RICHARD STALLMAN NO XITAPORA PODCAST
O declínio da cultura hacker
Nos anos 1980, a comunidade hacker, que até então dominara a vida de Stallman, começou a dissolver-se. A emergência do "software portável" (software que poderia ser feito para funcionar em tipos diferentes de computadores) era agora um problema para o modelo de negócio dos fabricantes de computador. Para impedir que seu software possa ser usado em computadores dos seus concorrentes, os fabricantes pararam de distribuir o código fonte e começaram a restringir a cópia e a redistribuição de seu software. O software restrito tinha existido antes, mas agora não havia nenhuma escapatória dele.
Em 1980 Richard Greenblatt, um companheiro hacker do laboratório, fundou a Lisp Machines Incorporated para vender Máquinas Lisp, que ele e Tom Knight criaram no laboratório. Mas Greenblatt rejeitou o investimento exterior, acreditando que os rendimentos da construção e da venda de algumas máquinas poderiam ser reinvestidos no crescimento da companhia. No contraste Russ Noftsker e outros hackers sentiram que o capital providenciado por investidores externos era melhor. Sem um acordo, a maioria dos hackers restantes do laboratório fundaram o Symbolics. Symbolics recrutou a maioria dos hackers restantes e faziam oposição ao laboratório de AI. Symbolics forçou Greenblatt a renunciar, citando políticas do MIT.
Quando ambas as companhias entregaram o software proprietário, Richard Stallman sentiu que LMI, ao contrário de Symbolics, tinha tentado evitar de ferir o laboratório. Por dois anos, de 1982 ao fim de 1983, Stallman duplicou os esforços dos programadores do Symbolics para impedir que ganhessem um monopólio nos computadores do laboratório. Por esse tempo, entretanto, era o último de sua geração dos hackers no laboratório.
Ele rejeitou um futuro onde tivesse que assinar acordos de não-divulgação, onde ele tivesse de concordar com não compartilhar o código fonte ou informações técnicas com outros desenvolvedores de software, e executar outras ações que considerou contrárias de seus princípios. Ele escolheu ao contrário - compartilhar seu trabalho com os outros, o que considerou como um espírito clássico da colaboração científica.
Stallman pregava que os usuários do software deveriam ter a liberdade de "compartilhar com seu vizinho" e poder estudar e fazer mudanças nos softwares que usam. Disse repetidamente que as tentativas de vendedores de software proprietário de proibir estes atos são "antisociais" e "antiéticas". A frase "software deve ser livre" é algumas vezes incorretamente atribuída a ele, mas Stallman diz que esta frase é a mola mestre da sua filosofia. Para Stallman a liberdade (de alterar e redistribuir software) é importante por causa dos usuários e da sociedade, não por quaisquer melhorias que traga ao software.
Conseqüentemente, em janeiro 1984, parou seu trabalho no MIT para trabalhar em tempo integral no projeto do GNU, anunciado em setembro 1983.
Stallman jamais obteve o grau de Ph.D., embora tenha recebido vários títulos honoríficos de diferentes universidades do mundo, sendo Doctor honoris causa por pelo menos seis delas.
Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Matthew_Stallman
Sociedade Anonima e Invincible no XITAPORA PODCAST
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Dina Dee-Mente Engatilhada
Ela é Dina Dee. Não tem nem RG. Toda vez que fez um, perdeu. Não tem endereço nem paradeiro. O celular roubaram quando visitou o marido na cadeia. Não tem emprego, nem dinheiro, nem religião. Perdeu a guarda do filho de 6 anos. O pai, mestre-de-obras, morreu engasgado com um pedaço de carne num boteco. Quem andava por perto achou que era trago. Ele ainda se arrastou até o banheiro. Terminou de morrer na privada. A mãe, camelô, foi assassinada dentro de casa há um ano. Morreu devagar, noite adentro, asfixiada com o guardanapo de pano que lhe enfiaram na garganta, as mãos e os pés amarrados com os fios do varal de roupas. Dias depois o companheiro de Dina foi vingar a sogra, acabou baleado e preso. Dina Dee ficou só. Dela própria, só tem as rimas.
Não tem alma de rapper, tem a carne mesmo. Aos 26 anos, ela transforma feridas arrombadas em letras.
Fonte: http://www.minasbeatserimas.blogspot.com/
XITAPORA PODCAST : A nossa novidade a caminho do XITAPORA XXII
Este sera um espaco de revista e divulgacao de albuns e musicas.Estao todos convidados a colaborar.
domingo, 17 de agosto de 2008
Tsunela Ka Murolo
O prometido é devido e homens de palavra cumprem as suas promessas!O ja anunciado, pelo menos nos bastidores e nos blogues, Influencias Urbanas começa a dar o ar da sua graça. Tsunela Ka Murolo é o single de avanço e uma amostra daquilo que o colectivo 911, atraves do Paiol Sonoro, tem feito nos ultimos tempos.
Para mais informaçoes: http://911-estudio-generico.blogspot.com/
imagem :http://911-estudio-generico.blogspot.com/
Cotonectando o People Outra Vez : Izlo H " Frente a Frente "
Artigos e reportagens para o xitapora
Enviem vossos artigos e reportagens para xitapora@gmail.com. (Afonso Brown)
Honestidade intelectual exige-se (1)
Gostei da honestidade intelectual do Drifa. Trata-se, no caso vertente, do pronunciamento feito na rubrica "o propósito", da revista O TUNEL. Num dos temas do seu álbum "Muitos Chamados Poucos Escolhidos" que, no meu imaginário, é um dos melhores álbuns de Hip Hop nacional no que a conteúdo se concerne, porém o que me levou a escrever estas linhas não se correlaciona com a qualidade do álbum. Mas sim, prende-se com o que passo a citar: "se teu olhar é de discriminação, então estás infectado pela ignorância", acerca desta frase e/ou versos, Drifa, quando chamado pela revista a explicar os propósitos dos temas que fazem o seu álbum, no ponto referente ao tema, disse honestamente que a frase em questão não é da sua autoria, e acrescentou que "ouvi numa publicidade".
Uma atitude de se louvar, principalmente quando proveniente de, minha opinião, um dos melhores mc´s que a Pátria Armada pariu. Portanto, deve a si, acima de tudo, honestidade absoluta.
Drifa ao ser honesto intelectualmente, faz algo que os mc´s simplesmente detestam fazer. Mas fá-lo bem, porque muitas vezes, no cenário Hip Hop nacional os liricistas transformam ideias alheias em suas, apossam-se da criação intelectual dos outros, e não só, veiculam-na como se obra sua fosse. Acontece muitas vezes, que essas citações furtamente plagiadas constituam o ponto mais forte de suas letras. Recordo-me de uma música do mc mais ovacionado no país, Azagaia, na qual num dos trechos afirma que "não basta combater a pobreza absoluta" e exorta que antes se "combata a riqueza absoluta", presumo que os versos sejam esses, porque já não me recordo exactamente como o são de facto, palavras de autoria de Mia Couto, que revestem a letra de uma profundidade inabalável, mas indevidamente pronunciadas, porque no caso vertente o mérito vai na totalidade para o autor da letra e não para o indevidamente citado. Há mais casos de plágio na história do Hip Hop Moçambicano.
Penso que é dificil dizer que estamos a citar no meio de uma música, mas acho que o Hip Hop criou o termo "como diz..." para que não incorressemos na usurpação do pensamento alheio. Mas as capas do álbum servem para mencionarmos de onde retiramos alguns trechos das nossas músicas.
Continua....
POR : XIGONO
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Então? 'Que fazemos?Matamos a fome ou ficamos kets?
Então? Já era iinevitável confrontar esse pedaço inacabado de vida diante de mim, apoiado em velhas muletas , que também deviam estar a precisar de outras muletas para se apoiarem em longas e porque não intermináveis caminhadas...ou arrastadelas pela cidade de Maputo em busca de qualquer coisa para se aguentar para mais uma outra arrastadela até uma outra próxima coisa...e a sequencia de coisas e arrastadelas seguiriam até que ele se tornasse finalmente numa coisa bem feia sendo arrastada por outras coisas. Fixei os olhos naquela forma de vida, e pensei comigo mesmo, a sorte dele foi pior que a minha...Eu que sou fruto duma longiqua noite adultério em plena sexta feira, nos murros escuros do bairro indigena, uma noite em que os ventos quase levaram as chapas de zinco que serviam de tecto para aqueles dois corpos poeticamente unidos num escancarado panha moeda, no quarto da tia Joaquina numa frénetica rapidinha após uma sessão de copos de canhú algures num senta baixo perdido no mesmo buraco urbano...pelo menos posso olhar para ele e dizer “Tás mais fudido que eu cabrão”. E não era para menos, estavámos num dilema...ele precisava de 5 paus para um pão e eu tinha o mesmo guito para uma soruma. Então? Que fazemos?Matamos a fome ou ficamos kets?
É mesmo um dilema, uma pergunta bem difícil de responder...acredito que sim, perguntem aos políticos e aos donos da mola deste país! (Afonso Brown)
O triunfo dos porcos
" Major, o porco, diz: - Agora, camaradas, vou falar do meu sonho da noite passada. Sonhei como seria a Terra quando o homem desaparecesse..."
" O Homem é a única criatura que consome sem produzir. Não dá leite, não põe ovos, é muito fraco para puxar o arado e não corre o bastante para caçar coelhos. Pois apesar de tudo é o Senhor de todos os animais...
..." Tenho mais uma coisa a dizer-vos. Eu insisto: - nunca vos esqueçais que é vosso dever serdes sempre e de todas as maneiras inimigos do homem. Tudo o que anda com dois pés é inimigo. Os que andam com quatro pés ou têm asas são amigos"
" Todos os animais são iguais mas alguns, são mais iguais do que outros"
" Mas quanto mais os animais lá fora olhavam, mais lhes parecia que alguma coisa de estranho se estava a passar. O que seria que se tinha alterado na cara dos porcos?....mas o que seria que se estava desvanecendo e alterando?
...Não havia dúvidas agora sobre o que estava acontecendo às caras dos porcos. Os que se encontravam lá fora, olhavam do porco para o homem, do homem para o porco e novamente do porco para o homem, mas era já impossível distinguir uns dos outros."
George Orwell, Animal Farm
Fonte:http://maramar.blogs.sapo.pt/16081.html
Artigos e reportagens para o xitapora
AHOJE É AHOJE! – IDENTIDADES PARTILHADAS
Em Maputo, artistas de Moçambique, Portugal e Galiza partilham identidades visando apresentar as suas criações.
O intercâmbio AHOJE É AHOJE! – IDENTIDADES PARTILHADAS, pretende com a receita das bilheteiras comprar redes mosquiteiras para prevenção da malária para a comunidade de Massaca em Boane.
O evento promovido pelo Mutumbela Gogo/Teatro Avenida e o Trigo Limpo teatro ACERT (Portugal) em colaboração com NARF (Galiza), Prómédia, GESTO/Identidades (Portugal) e o grupo musical Timbila Muzimba arrancou no dia 7 e termina no dia 16 de Agosto.
Dia 10 (Domingo)
Teatro Avenida
18.30h – “Chovem Amores na Rua do Matador” – Trigo Limpo teatro ACERT
Centro Cultural Franco-Moçambicano
20.30h – “De Zigala a Zemambiquo”
• 1ª parte - “BUMBA” (NARF + Timbila Muzimba) • 2ª parte – Timbila Muzimba (apresentação do novo CD “Warethwa”)
Participação especial — Mutumbela Gogo & "A Cor da Língua/Trigo Limpo teatro ACERT"
Dia 12 (3ª)
Associação Cultural da Casa Velha
21,00h - Noite MoçamPortuGalicia
Timbila Muzimba, NARF, Trigo Limpo teatro ACERT, Narf, Mutumbela Gogo & músicos moçambicanos convidados
Dia 13 (4ª)
Teatro Avenida
18.00h – “A Cor da Língua” - Trigo Limpo teatro ACERT
20.30h – “Alô Irmão” – NARF e Manecas Costa
Dia 14 (5ª)
Bairro do Ferroviário das Mahotas
15.00h – “Projecto CRIANÇA FELIZ - Centro de Treinamento e Desenvolvimento das Crianças”
(visita dos participantes: estudo de formas solidárias de apoio a este projecto que tem como objectivo final o fortalecimento da sociedade civil na sua resposta à problemática das crianças órfãs e vulneráveis, num contexto de alta prevalência de HIV-SIDA)
Dias 14 e 15
Associação Cultural da Casa Velha
Troca de Saberes
Teatro, Música, Artes Plásticas – Trabalho de Cooperação Artística e Solidária em Rede (encontro/debate/intercâmbios/apresentações de acções conjuntas realizadas e a perspectivar)
Teatro – Mutumbela Gogo | Associação Cultural da Casa Velha | Trigo Limpo teatro ACERT
Música – Timbila Muzimba | Trigo Limpo teatro ACERT e grupos musicais convidados
Artes Plásticas - Núcleo de Arte | Escola Nacional de Artes Visuais de Maputo | Gesto/Identidades
Dia 15 (6ª)
Teatro Avenida
18.00h – “As Filhas da Nora” - Mutumbela Gogo
Dia 16 (Sáb.)
Massaca (Boane)
12.00h – Entrega à comunidade de Massaca (Boane) da receita de todos os espectáculos para compra de redes mosquiteiras para prevenção da malária
Teatro Avenida
19.00h - “Mulher Asfalto” - Mutumbela Gogo
FONTE: http://maosdemocambique.blogspot.com/
Em Nome Da Frontalidade (2)
Digamo-lo antes que alguém no-lo diga: Sistema Aliado, Terceiro Bloco dos Incultos, Classe Neutra etc, eis algumas bandas que respiram talento, mas não tem direito a espaço de antena no Clássico Hip Hop Time (CHHT). Isso, não sou Eu quem vo-lo diz, falo de talento. Essas bandas e mais algumas que não me ocorrem no momento são a síntese do que melhor há de Hip Hop em Moçambique. Posto isto, CHHT não veicula um terço do Hip Hop Nacional (HHN), mas também seria díficil cobri-lo na plenitude, no entanto deveria – tentar – apresentar o que de melhor se faz em termos de conteúdo na abordagem hiphopiana no país. Já ouvi algumas músicas relevantes nesse programa, mas grosso modo esses temas são superficiais. Tempo houve em que no CHHT falou-se muito de responsabilidade social – lixo – lembram-se?; nessa altura muitos mc's começaram a compor em torno do lixo na cidade de Maputo, era tudo lixo, mas no fundo lixo era o estilo de temas que compunham. Mas no fundo essa prefência por temas ligados ao lixo foi induzida e os mc's ávidos por aparecerem cairam nessa, todos queriam ser celebrados pelo CHHT, queriam aparecer. Porque isso de ter ideias próprias não é para moçambicanos, tornaram-se "Maria vai com todos".
Sendo o CHHT o programa de maior abrangência a nível local, penso que devia existir uma política ao alcance dos mc's a nível da sua linha editatorial. Fala-se em qualidade, mas não vejo diferença em termos de qualidade entre os temas de eleição do clássico com os excluídos, muito pelo contrário os que passam devem muito aos que de mão em mão se dão à conhecer.
Falta no HHT uma linha clara para todos. Mas a maior pecha, do CHHT quanto mim, é divulgar o já divulgado.
POR : XIGONO
terça-feira, 12 de agosto de 2008
XIGONO ALERTA: Honestidade intelectual exige-se
(...)no cenário Hip Hop nacional os liricistas transformam ideias alheias em suas, apossam-se da criação intelectual dos outros, e não só, veiculam-na como se obra sua fosse. Acontece muitas vezes, que essas citações furtamente plagiadas constituam o ponto mais forte de suas letras.
LEIA AINDA ESTA SEMANA ESTE ARTIGO DO "CONTROVERSO" RAPPER XIGONO AQUI NO BLOG DA PALAVRA.
Frontalidade em nome da arte
Quando comecei a escrever letras, na altura sem presunção de grava-las, sonhava ter a profundidade do Gabriel Pensador dos anos 90, pois comecei a escrever por sua influência.
Fiquei fascinado pela frontalidade dos temas "Filho da puta", Filho da Pátria", entre outros. Algo que imaginei que nunca pudesse consiguir fazer e até hoje... Isto para dizer que não comecei a escrever por influência dos mc's americanos. Não porque não gostasse da performance dos mesmos em cima dum beet (sei lá como se escreve essa merda de palavra), mas especificamente pela minha inocência no idioma com que transmitem as suas mensagens, dito doutro modo, não sabia falar inglês.
Depois curte Boss A.C. Até que num dia em que julgava que o Boss fosse inatingível deparei-me com o sarcasmo do Sam The Kid. Mas maior que estes na minha opinião era o moçambicano General D, pelo menos em termos de escrita, salvo Gabriel o Pensador. Depois caiu-me Valete, Dealema, Virus, Ikonoklasta, entre outros. Numa altura em que a minha identidade em termos e escrita já estava absolutamente vincada. Não escrevo com base em outros mc's, sou Eu mesmo. Interpreto da minha maneira, dentro das balizas que o contexto onde me eoncontro inserido permite. Não sou daqueles que dizem "o Governo construiu mais cadeias do que escolas", porque isso dentro do contexto moçambicano é absurdo. Temos mais escolas do que cadeias, mas eu questiono a qualidade do ensino e não a quantidade.
Nunca fui um Mc que gostasse muito de frestyles confesso, preocupei-me sempre com temas mais elaborados.
Nunca preocupei-me em gravar os temas que eu compunha, na altura pensava que a concepção de uma letra em música transformaria o autor das letras, mais tarde, num fracasso em termos de profundidade na escrita.
Gravei duas letras e fui para Nampula marrar, julgo que voltei para Maputo em 2002. Tentei gravar uma letra na Kandonga, num beet produzido por Dj Ardilles, nessa altura mas preocupado com o RAP, não o Ardilles que hoje se conhece. Marquei a gravação, mas no dia determinado não fui. O beet perdeu-se. Pouco tempo depois, ouvi dizer que havia um estúdio perto da meu place. Era o estúdio da Thumba Sound. Encontrei um tipo avantajado no portão, P. Underground, perguntei quanto é que era uma gravação, disse-me: "150 paus". E um beet: "150 paus também".
Gravei duas músicas, paguei, de lá para cá é a estória que A.Brown deve conhecer. Passei a fazer parte da família Thumba Sound.
Algum tempo mais tarde fui convidado na pessoa do Olho Vivo, para substituir um grupo de Hip Hop chamado Sociedade Anónima, que não pode abrilhantar o público por razões que se prendiam a qualquer coisa como faculdade, presumo.
Substitui,mandei um fuck ao Hip Hop Time, não por emoção como alguns pensam. Fi-lo porque qui-lo, consciente das interpretações e dos riscos que essa postura acarretava. Como também sabia que ao proferir tais palavras, estava a expressar o que muitos gostariam de dizer. Ou estou a mentir? Não era uma questão de tomates, como sei que muitos disseram por aí. Poderia ter sido noutro espectáculo, mas não foi. Não foi porque o apresentador do programa visado não se deslocava aos espectáculos nos quais eu tinha oportunidade de droppar. Acho que a minha mensagem ao programa só poderia passar se fosse num local público, que todos tivessem oportunidade de ouvir.
Nunca entreguei uma maquete que fosse com um tema meu para passar no HHT. Não concordo com a política do programa. Portanto, demarquei-me do mesmo.
E mais, um ... eu HHT, não é um .... ao Helder Leonel, é um ... a política do programa. Senão teria dito, .... Helder Leonel, mas não o fiz, mas até hoje continuo a dizer ainda não mudei de opinião em relação ao programa. Nao gosto do programa, é reducionista, exclui mc's, nao vejo e nem tenho razão para gostar. Para já que lixe o HHT e mais, maquetes andam de mão em mão, e eu mais do que ninguém tenho, em Moçambique, motivos para crer que os espectáculos também são um forte meio de divulgação para o HHN.
Quantos seguidores do HHT fingem que idoltram-no por uma questão de arrecadar alguns devidendos: procuram exposição, querem ser comentados, mas não passam de bajuladores, mercantilistas de identidade, hipócritas piores que Bush. Eu não gosto e assumo. Eu sei que as minhas músicas pelo conteúdo que transportam são directas demais para os ouvintes desses pseudo-programas de HHT.
Também não vivo na ilusão de que o Hip Hop Time, pudesse ser um programa mais aberto, isso seria impossível. Digo isto porque sei que o programa HHT pertence a RM, uma empresa pública, que de pública nada têm, serve a certos interesses, mas não aos do povo. Com isto não quero dizer que os meus sejam os do povo, mas não me vejo a colocar amarras na minha boca porque necessito de ser deusificado. Aliás gosto de ser controverso, adoro estar a margem do politicamente correcto. Mas nunca olhei para o programa como uma pessoa, não me preocupo com pessoas, olho para o programa como um produto de uma instituição, portanto maior que o Helder Leonel, ou seja o HL produz o programa dentro de certas balizas, não pode veicular extra-normas, com isso não quero dizer que ele seja vítima das circusntâncias, quero dizer que o que se f.. o HHT.
prefiro a liberdade que o anónimato me confere. Conhecemos casos de mc's censurados em programas de Hip Hop, não só, temos um exemplo recente de um reppar que foi censurado num programa da TVM. Porquê? Exactamente porque a mensagem que veicula não vai de acordo com os guardiões do poder instituido. Não só nenhuma revolucionário, mas tenho um modo de ver as coisas muito próprio. Prefiro morrer no anónimato, do que concordar hipocritamente com algo que detesto. Talvez assim haja porque não olho para o Hip Hop como uma montra. Nunca pensei em usá-lo dessa forma. Hip Hop ou RAP, seja lá como o chamem, para mim não representa um fim, é o meio através do qual cuspo o meu pensamento sem amarras. Depois que o colono se foi os africanos libertaram-se dos arames coloniais, mas não libertaram-se do especto colonial. Eu pelo menos não tenho mentalidade de escravo...
Por : XIGONO
sábado, 9 de agosto de 2008
Hard Talk Xitapora : Prime Akhim vs Afonso Brown 1o Round
Prime fazendo perguntas e Brown respondendo-as.
Prime Akhim: Qual é o objectivo do blog Xitapora ?
Afonso Brown:Não me sirvo do blog. É um urinol de ideias e pensamentos, meus e de quem passa por la. Essa ideia de manipulação até parece que estamos aqui a falar de uma tremenda conspiração hahaha,nada disso.Quero apenas partilhar ideias, não me escondo de nada, na verdade ali nem há segredos...não sou politico para manipular os outros.
Prime Akhim: O que é underground para ti?
Afonso Brown: Underground para mim é ser mesmo aquilo que somos, com toda liberdade de criação sem qualquer imposição para nos padronizarmos para o mercado. Acho que é isso...o nosso hiphop ainda é totalmente underground, no meu ponto de vista.
Prime Akhim: Se o Hip-Hop é antes de mais nada um movimento de intervenção, não achas que deveria ser o mais perceptível e susceptível, visto que seria praticamente impossível intervir quando não fazemos chegar a mensagem?
Afonso Brown: Cada um é interressante a sua maneira, cada um tem vários seguidores e admiradores e cada um deles tem um lugar incontestavel no hiphop.
Afonso Brown: É dificil responder, ouvi poucos beats do Mak, já ouvi mais cenas do 7 Kruzes...até porque como ele também é MC é mais fácil ouvi-lo e tenho ouvido desde os tempos dos Matsangas.
Afonso Brown: Só escuto o hip hop time, não tenho tido tempo para os outros por motivos pofissionais.
Afonso Brown: Nada...acho que nem deverias ter me feito algumas perguntas que eu respondi.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
XIGONO : Frontalidade em nome da arte
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
XIGONO: Frontalidade em nome da arte
Brevemente aqui no blog texto de Xigono, segundo ele, esclarecendo equivocos de interpretaçao. O conteudo do texto em causa é altamente explicito e desde ja avisamos aos mais sensiveis para que nao passem do blog nos proximos dias caso tenham problemas com um vocabulario mais explicito. E ja agora, informamos que é apenas uma resposta de Xigono em relaçao as ultimas postagens do xitapora, esperamos que nao se transforme em polemica, pois o nosso blog nao se responsabiliza pelas opinioes que aqui passam sem a nossa assinatura. (Afonso Brown)