sábado, 31 de maio de 2008
Face Oculta:A esta altura seria religioso se houvesse consenso em relação a mim
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Mr Lif: Eu não tenho pressão de uma gravadora para fazer discos de ouro, então eu tenho praticamente a liberdade de fazer o que quiser
“Eu perguntaria para mim mesmo se é difícil ser quem você é e se desenvolver naturalmente diante do que o público diz que você é.”
Então, é difícil?
“Absolutamente. Todo artista quer ser ouvido ou visto. Quando você faz um disco que pega, é difícil não querer ser a pessoa que a imprensa parece amar. É um desafio se separar disso e apenas ser quem você é para que a sua arte evolua.”
E a mídia tem tido muito interesse no que você faz, as suas letras atraem muita atenção e até quem faz as críticas fica muito interessante para a mídia. Como esse ciclo funciona para você?
“Sempre ajuda quando a mídia dá atenção. Quanto mais eles publicam as minhas visões sobre situações sócio-políticas, maiores são as chances das pessoas terem acesso aos artigos e considerarem o que eu tenho falado; conseqüentemente eles mesmos pensarem criticamente.
“Surpreendentemente eu não tenho cruzado com muito críticas negativas. Eu acho que o principal dilema é que I Phantom é um pouco complexo demais para muitos críticos. Modestamente, eu acho que é apenas o resultado dos tempos. Rap é tão simples hoje em dia que leva apenas uma ou duas escutadas para absorver a maioria dos discos. Por um tempo, eu sentia que eu tinha me rebaixado por ter colocado algum pensamento no meu trabalho.”
A CIA ou o FBI está atrás de você?
“Eu tenho certeza que sim. Eles só não me ligaram ainda. Algumas merdas estranhas têm acontecido. Por algumas semanas não importava a hora que eu andava com os meus cachorros à noite (seja às 20h ou 3h), eu via o mesmo caminhão dirigir por mim, entrar numa garagem para virar e dirigir por mim novamente. Isso foi preocupante, para dizer o mínimo. Também de vez em quando eu casualmente trombo em algum agente do governo nos meus shows, que tenta iniciar alguma conversa comigo.”
Como são as conversas normalmente?
“O último cara tentou algumas vezes me pressionar para fumar maconha com ele. Eu tinha o sentimento de que teria um par de algemas em mim assim que eu desse o primeiro trago.”
Ah, esqueci de apresentá-lo: “O meu nome é Mr. Lif. Eu sou um letrista e produtor de hip-hop de Boston, Massachussetts.”
Você é o inteligente da Def Jux?
“Não! Eu com certeza não me afilio de alguma forma com inteligência.”
Nascido como Jeffrey Haynes, Mr. Lif cresceu em Boston, no subúrbio de Brighton. Ele lançou o seu primeiro single, "Elektro", em 1998, atraindo atenção de selos como Grand Royal e Def Jux. Trabalhando com o produtor e cabeça da Def Jux, El-P, Lif lançou uma série de singles e EPs, começando com Enters the Colossus, em 2000. Logo em seguida fez o que poucos artistas de hip-hop conseguiram fazer: lançou um álbum ao vivo. O seu trabalho mais ambicioso seguiu em 2002 com Emergency Rations, um EP com sete músicas que comentam a sociedade doente americana depois do 11/9. O seu álbum de estréia, I Phantom, saiu no mesmo ano. Lif se junta ao seu amigo El-P para fazer seis faixas incríveis do disco, com produções feitas por Lif, Fakts One, Insight e Edan. I Phantom também tem convidados como Jean Grae, El-P, Aesop Rock, Akrobatik, Insight, Edan e mais. Ele também é membro de um grupo chamado The Percepvionists, que também conta com Akrobatik e DJ Fajts One. O álbum de estréia deve sair em setembro de 2004 pela Def Jux.
Poderia contar algumas histórias da sua infância?
“As memórias mais vívidas da minha adolescência são de mim e meus pais dançando músicas pop nos sábados de manhã. O meu pai corria para uma loja de departamento chamada Caldor e comprava os novos singles mais quentes. Foi assim que escutei Michael Jackson, Pat Benatar, REO Speedwagon. Todas essas merdas dos anos 80.”
Poderia contar uma história dos anos 90?
“Algumas das minhas memórias favoritas dos anos 90 são dos meus dias na universidade. Eu e o meu amigo Dave Olivarez nunca tínhamos grana, mas às vezes passávamos metade do dia só tentando descobrir que amigo nosso iria fumar alguma maconha boa. Tudo que queríamos fazer nessa época era encontrar um baseado e alguma cerveja para poder jogar umas batidas para fazer uns freestyle por cima. Dave foi a primeira pessoa com que eu rimei constantemente. O seu apoio me ajudou a desenvolver o artista que sou hoje.”
Como era morar em Boston?
“Boston é um lugar maravilhoso para mim, porque lá não tem muita coisa para me distrair. Eu tenho a minha família lá, todos os clubes fecham às 2h e eu tenho um grupo apertado e pequeno de amigos com quem trabalho. Eu não passo muito tempo fazendo coisas frívolas.”
Eu acho que Boston tem grandes problemas raciais.
“Mas Boston é historicamente fodido quando é relacionado com a questão racial. Até hoje existe uma separação intensa entre as comunidades negras e brancas. Hip-hop é para qualquer pessoa que quer escutar. O New England Patriots vão para o Super Bowl... Já basta!”
Poderia contar alguma história mais recente?
“Verão 2003: Akrobatik, Fakts One e eu fomos numa turnê na Europa. Na verdade, foi a primeira vez que fizemos uma turnê na Europa juntos. Os primeiros dois shows da turnê foram na República Tcheca, num festival enorme. O melhor momento da minha vida... Foi simplesmente insano. Sinuca aberta durante o dia... Galera por todo lado... Eu espero voltar no próximo ano.”
Quais foram os altos e baixos do hip-hop?
“Ponto alto: 1985 – 1994. Ponto baixo: eu abri para Rakim no Strand Theater em Dorchester e ele fingiu que cantava sobre um playback o set inteiro.”
Como você conheceu El-P?
“Eu conheci-o em um show em Boston quando Company Flow veio para a cidade. Ele tinha escutado a minha música ‘Madness in a Cup’ e pediu para que fôssemos apresentados. Trocamos telefones e logo tornamos amigos... Quando menos se espera, estamos fazendo turnês pelo mundo juntos e fazendo discos.”
Você gostaria de produzir mais as suas músicas ou você se sente confortável com El-P?
“Eu amo trabalhar com El, mas existe uma certa intimidade que vem de fazer a sua própria batida e escrever para ela, então eu irei tentar fazer mais para voltar a isso. Acredite em mim, El-P continuará sendo algo permanente no meu time de produção.”
O que motiva você?
“Toda a experiência da vida diária. Isso inclui as minhas experiências e das pessoas à minha volta. Eu também sou inspirado pela imaginação. Sendo filho único, talvez eu tenha tido muito tempo para sonhar.”
Por que você escolheu a música como forma de expressão?
“Eu não pude evitá-lo. Como eu falei antes, eu cresci dançando com meus pais. É apenas que eu sou.”
Entendo, então quando você descobriu que a música era a forma que você iria usar para se expressar?
“Provavelmente em 1993, quando eu comecei com o meu próprio material”.
Quando uma outra pessoa descobriu isso?
“Em 1995 eu sai da universidade para seguir a minha carreira e passei a minha fita para uma das minhas personalidades favoritas de rádio de Boston. Por sorte ele gostou das minhas coisas e começamos a trabalhar juntos imediatamente.”
Qual é a diferença entre cantar e fazer rap?
“Eu acho que qualquer forma de letra pode dizer algo. Não importa se você pode rimar ou cantar. Cantores têm a coisa fácil porque eles podem escrever algumas palavras, repeti-las e esticá-las enquanto seguram uma nota por algum tempo. Em nenhum momento eu tiro o crédito da habilidade deles de provocar emoção através dos tons dos vocais. MCs têm que escrever milhões de palavras por música, transmitindo diversas mensagens em cada linha para formar uma visão geral... É muito trabalho.”
Eu sempre tive uma curiosidade, vocês nunca esquecem de memorizar tudo?
“Claro que sim! Ás vezes acontece durante o show (agradeça a Deus pelo freestyling), às vezes durante gravações. A chave é perseverança e técnica.”
Como você tem controle da sua música?
“Eu não tenho pressão de uma gravadora para fazer discos de ouro, então eu tenho praticamente a liberdade de fazer o que quiser.”
Bem, como as suas letras são tão políticas irei perguntar: a terra está constantemente atacada pela guerra e falta de entendimento, como você luta contra isso e como você acha que a pessoa comum deveria?
“Eu acho que os dias do protesto como a nossa principal forma de vingança já terminaram. É uma guerra de informação. Desde nossos anos formadores grandes corporações interferem nas nossas mentes, formando a nossa percepção do mundo diariamente enquanto envelhecemos. Eu acho que qualquer reforma significante irá emergir de uma sociedade que realmente reconheça e acredite que o governo não está funcionando para eles e que o nosso estilo de vida não é realmente saudável. Eu tento fazer o melhor possível para desenterrar verdades em que tropeço para poder apelar para novas formas de perceber o nosso mundo.”
Tenho certeza que você chegou a algumas conclusões, certo?
“Eu acho que irei salvar as minhas revelações para o próximo disco, desculpe.”
Para quem você está mandando a mensagem?
“Para quem quiser escutar.”
E os projetos da Def Jux têm algum alvo?
“Eu não acho que nenhum de nós tem um alvo em particular. Toda categorização é algo divertido para a mídia fazer. Quando eu estou fazendo discos, eu estou imitando lendas do rap que eu cresci escutando. Se eu sinto que a minha música receberia algum amor durante as prestigiosas eras do hip-hop, então eu as lanço.”
Já pensou nas pessoas que não são americanas e que escutam a sua música?
“O tempo inteiro. Eu tento tocar em tópicos que eu sinto serem universais e refinar os meus métodos de comunicação para o que eu esteja dizendo seja claro para qualquer pessoa que esteja escutando. Eu irei começar a imprimir as minhas letras dentro das capas dos meus discos para fãs que não falam inglês. Espero que as pessoas tirem um tempo para traduzi-las.”
Palavras Ana Garcia
Foto Divulgação
fonte: www.realhiphop.com.br
Home of the Brave
He needs the backing of the media what could the remedy be?
The country's headed for recession reminiscent of the Great Depression
Are lives worth a world of power? Easy question
Planes hit the towers and the Pentagon
Killing those the government wasn't dependant on
It's easy to control the scared so they keep us in fear
With their favorite Middle Eastern demon named Bin Laden this year
Bush disguises blood lust as patriotism
Convincing the living to love 'Operation Let's Get 'Em'
But when he realized we don't support their attacks
They needed something to distract, hmm, anthrax
This further demonizes Afghanis
So Americans cheer while we kill their innocent families
And what better place to start a war
To build a pipeline to get the oil that they had wanted before
America supported the Taliban
To get Russia out of Afghanistan
That's how they got the arms in
They're in a war against the Northern Alliance
And we can't build a pipeline in hostile environments
Here's what your history books won't show:
You're a dead man for fucking with American dough
They killed several birds with one stone
While you're at home with anti-terrorism up in your dome
But my eyes are wide open and my TV is off
Great, 'cause I save on my electricity cost
And you can wave that piece of shit flag if you dare
But they killed us because we've been killing them for years
Mr Lif
PRIME AKHIM ALERTA :Estamos todos a lutar por uma coroa enquanto ainda não construímos o reino.
X-Como é que surge o magazine Túnel? Quais os Objectivos?
Prime: Basicamente a revista foi toda ela uma ideia do Dj Speech. Na altura ele ainda encontrava-se a estudar na Africa Do Sul e o mesmo ligou-me a informar que já sabia como fazer andar um do nossos tantos projectos (neste caso o Túnel). Dito e feito ambos botamos as mão ao trabalho, na altura éramos somente nos os dois e actualmente contamos com mais elementos a trabalhar nela. A revista existe já desde 2005 e nessa altura dizíamos as pessoas que estávamos a fazer um jornal (foi dai que nasceu o “Panfleto Da Eskerda”. O Niosta ouviu-nos a comentar sobre o nosso “jornal” e decidiu fazer um também).
Como todos os nossos projectos, o Túnel tem 2 objectivos (principais) e tantos outros secundários.
Nos principais, o primeiro é de transportar o Hip-Hop Nacional para um outro nível. Um nível em que a sociedade (principalmente a Moçambicana) posso olhar esta arte (Hip-Hop) como algo vital para ela (o que realmente é) e para isso temos dentro dos quadros do Túnel o plano de realizar, promover e incentivar acções no âmbito do desenvolvimento humano, cultural, científico - tecnológico, educativo, económico, uso sustentável dos recursos naturais e boa governança (parece que estamos a sonhar não é? Foi exactamente o que muitos disseram quando informamos que queríamos lançar uma revista) e o segundo, gerar um auto-emprego que possa empregar outrem. Diz um ditado: “Independente é aquele que cria as suas próprias dependências”. Neste momento, eu dependo inteiramente do Túnel, e os que me criaram (meus pais) tornaram-se independentes. O ciclo da vida. Já os secundários são: Executar ou promover projectos de entretenimento; Realizar ou promover actividades editoriais; Realizar ou promover actividades de carácter cultural, económico, educacional e social; Instituir prémios e atribuir à pessoas singulares ou colectivas que se notabilizem nos ramos de desenvolvimento cultural e educacional; Promover campanhas de acção social e financiar e/ou patrocinar projectos. É isso, o Túnel é mais que música.
X-A revista encontra-se actualmente a um preço quase simbólico. Quanto custa ter um projecto desta envergadura? Fala-nos desta estratégia de venda. Compensa comercialmente? Há lucros?
Prime: Hum... Questões desta natureza merecem respostas do tipo: “Isso é um assunto interno do Órgão”. Mas ok, comecemos pelas duas últimas: A revista compensa na medida em que existem anunciantes (a publicitarem suas marcas) na mesma. Atendendo e considerando que cada canto ou página da revista tem seu preço, ela compensa e MUITO somente quando temos lá pessoas a anunciarem seus produtos (embora exista o facto de não se conseguir ninguém para anunciar). É exactamente neste âmbito que os emcees deveriam se orgulhar e ajudar-nos (com boa música e trabalho) pois quem pode querer anunciar seus produtos numa revista de Hip-Hop (que é uma arte marginalizada até pelos fazedores da mesma). Eu agora deveria perguntar “quem mais, além do Túnel, tem amor a camisola?”
Voltando a primeira: A revista esta ao preço unitário de 50mts (mais que acessível) como forma de viciar e implementar a cultura de compra de revista nos Moçambicanos (olha que os resultados tem sido extraordinários, já vendemos uma media de 500 exemplares e agora mesmo vieram comprar algumas revistas no nosso escritório porque em algumas bancas já esgotaram os exemplares) mas a venda não cobre a impressão, a impressão depende mesmo dos anunciantes. Se o preço unitário fosse 100mts daria para fazer a impressão (a gráfica cobra-nos 100 000mt).
Por último temos a estratégia de venda: Estamos a trabalhar em spots publicitários tanto para rádio como para rede televisiva. O sistema de panfletos e camisetes fazem parte da mesma estratégia e estas deverão ser colocada em acção exactamente após a saída da segunda edição. A primeira edição encontra-se a venda nos autocarros Pantera Azul & Tranluz, nos quiosques do CFM, quiosques da Mabuko, Hotel Rovuma, CNA no Shoprite, Supermercado Luz e Bombas da Shell. Enviamos algumas para Inglaterra e USA (temos alguns colaboradores por lá que estão a promover e exibir a revista nos mesmos países) e outras para Portugal. Antes que perguntes, já estamos a trabalhar em via de ter as revistas nas províncias bem como nos aviões da LAM.
X-Quais os critérios usados para a escolha de temas. Que assuntos são abordados? Sentem que a revista reflecte os anseios e as expectativas dos leitores?
Prime: A revista é dividida em departamentos (podem saber mais sobre os mesmos na segunda edição) e visa a promover novos talentos sem esquecer dos conceituados e músicos da velha guarda. É verdade que é necessário que alguém esteja no activo para dar um passeio pelo Túnel, mas além de personagens que estejam no activo, o Túnel vai atrás de quem já esteve e/ou tenha contribuído para área em que se encontra. Na área cultural (música, literatura e etc.) todos são novos talentos até que tenham uma obra lançada no mercado. Veja que um artista que exista a 10 anos, lança ou aparece com um produto seu depois desses 10 anos consideramos “revelação”. Por isso mesmo existe a categoria “artista ou grupo revelação ano x”. O Azagaia por exemplo foi artista revelação 2007. Nesse âmbito os critérios usados para a escolha de temas variam consoante a categoria ou nível do entrevistado e/ou do artigo.
Se a revista reflecte o anseio dos leitores? Absolutamente, ela aborda uma temática diferente. Se te digo agora que conheço um poço de brancas rabudas com tantas curvas que até precisas de um mapa, tu farás de tudo para que eu te forneça este produto pois já te fartaste de beber as pretas e mulatas das fontenarias do teu bairro. É sempre o mesmo grupo (circulo) de pessoas que vês quando ligas o aparelho televisivo, quando sintonizas qualquer estação radiofónica, quando abres a TVZine e o caderno Giro (passo a publicidade) e realmente cansa repetir o mesmo prato todos os dias. A diversidade é essencial e acreditem ou não, existe espaço para tudo e todos. É exactamente ai que o Túnel fica sempre iluminado. Seria injusto o pessoal do Túnel sair por ai a reclamar de falta de aderência. Talvez no âmbito comercial (ate porque a revista depende deste ultimo âmbito para manter as lâmpadas acesas)
X-Falemos daquela que é a parte que mais comentários suscitou a nível dos bastidores. Quais os critérios usados para atribuição de luzes ?A revista tem especialistas na matéria? É opinião individual dos integrantes ou é um consenso do grupo?
Prime: Os bastidores por onde andei suscitaram comentários a nível da revista inteira mas acredito que eu deva ter deixado escapar 1 bastidor. Hum... já até estou a ver onde. Muito bem, A revista é obra de um dj (geralmente um dj é alguém que trabalha com música e devia estar registado na lei que todo aquele que trabalha com música tem que entende-la ou investigar sempre sobre a mesma) e o mesmo trabalha na mesma revista com pessoas que gostam, investigam constantemente e fazem música (artistas musicais).
Sendo este um Túnel usamos lâmpadas para atribuir nossas classificações/criticas obedecendo 3 princípios:
Primeiro: A mensagem (consciente e construtiva) independentemente da língua ou idioma,
Segundo: A qualidade do trabalho (instrumentais, a harmonia entre a instrumental e o artista bem como o nível da qualidade sonora do produto final)
Terceiro: A apresentação gráfica dos álbuns (já ninguém mais vai despachar as capas por aqui).
É importante salientar que a analise critica elaborada na revista não é nacional nem universal, é APENAS do Túnel. A avaliação atribuída reflecte aquilo que o órgão pensa do álbum. Não usamos sistema de votos (sabe-se lá quem goza de bom tempo ou maior condição financeira para estar a enviar um grandioso numero de SMSs a seu favor) e trabalhamos com alguns elementos não pertencentes ao órgão pois uma vez que os membros do Túnel também são artistas musicais, não seria justo avaliar um trabalho no qual o mesmo se encontra directa ou indirectamente ligado (a não ser que as circunstancias exijam). Cada trabalho é “iluminado” por um único membro consoante os princípios da revista e após a avaliação é feita uma analise geral sobre a mesma.
X-Porquê a atribuição de luzes logo na primeira edição da revista? não foi prematuro?
Prime: Prematuro? Já ia bem tarde (olha que os mais velhos já estavam a pensar que seus filhos não eram homens suficiente porque nunca mais lhes davam um neto). A ideia de avaliar trabalhos nacionais (embora o órgão não pretenda classificar apenas trabalhos nacionais) fará com que se trabalhe mais.
X-Vimos em alguns blogs algumas mensagens de Y-Not direccionadas a Prime e almas Habitantes? estão relacionadas com as luzes atribuídas? Que comentário tem a fazer?
Prime: Sem duvidas, as mensagens do Yazald Newton estavam relacionadas com as luzes que atribuímos ao álbum dele. Este é um país democrático, deixe que ele faça uso do seu direito democrático (acredito que seja assim que se diga) que o Túnel faz o dele.
X-Que surpresas nos reserva a próxima edição?
Prime: Na realidade pretendemos que continue surpresa.
X-Falemos agora das Almas Habitantes. O que estão a fazer agora?
Prime: Os AHs encontram-se a trabalhar numa vasta gama de projectos entre os quais posso apenas “fofocar” do estúdio Matsinhe Xperience. Este será o nosso estúdio e label (Almas Habitantes é apenas um grupo com regras, princípios e objectivos) com o qual pretendemos lançar (além dos nossos projectos) diversos artistas e realizar eventos.
X-Para Quando um álbum?
Prime: O nosso grupo é constituído por subgrupos (Mentes Negras e Traficantes de Poesia) e membros a solo (Seiva, Vate, Naparama, Methikal & Réu 0812).
Um dos membros do sub grupo Traficantes de Poesia (o Khronic) encontra-se a trabalhar em Nampula e só temos a chance de gravar com ele quando vem cá de ferias, o que significa que o álbum do grupo talvez esteja pronto final do próximo ano. Por esse motivo, adoptamos o sistema de que primeiro saia alguns (2) álbuns individuais e só depois vira o do grupo. Esta agendado para este ano o álbum do Plus intitulado “Cela 2”
e vários “Folders” (é assim que o Dj Speech chama os álbuns que são distribuídos gratuitamente de PC para PC ou baixados via internet “blogs”) do grupo e membros do grupo.
X-Como olhas para o cenário hiphop actual. o que esta bem? o que esta mal?
Prime: Tudo esta bem e tudo esta mal. Tudo esta bem porque hoje os emcees estão mais preocupados e mostrar trabalho (vídeos, álbuns, eventos e etc.) e tudo esta mau quando nenhum emcee quer aderir tais trabalhos. Deixamos de aderir tais trabalhos por mera inveja: “A inveja é uma pedra que se volta para quem a atira.” Estamos numa fase em que devemos aderir tudo o que vem do Hip-Hop, quando não aderes o trabalho, evento ou obra de um emcee, não fodes a ele mas sim a ti mesmo. Não é um emcee que morre quando não aderimos o trabalho dele mas sim nós mesmos.
X-quais as tuas frustrações quando pensa no hip hop? Acha que os amantes do hiphop identificam-se com os nossos hiphopers?
Prime: Não sei se entendi correctamente a questão mas posso começar por dizer que o egocentrismo é o que mais me frustra no nosso seio. Estamos todos a lutar por uma coroa enquanto ainda não construímos o reino. Vamos lá levantar o reino e depois dai podemos lutar e decidir que é melhor que o outro, quem é o guarda real, a rainha, o rei, o príncipe, o ancião, os conselheiros e ate os peões.
Alguns Amantes identificam-se com os nossos hiphopers sim, eu conheço muitos que idolatram o Azagaia, Flash, Face Oculta, Young-Lu-bengula, Micro 2, Simba, Shackal e Mr Arsen. Muitos deles crianças e idosos. Já nos jovens, os que realmente identificam-se com nosso hiphopers são o sexo feminino. Os homens que identificam-se com nossos hiphopers são hiphopers também e estes são caloiros na arena Hip-Hop ou ainda não tem um espaço conquistado na mesma arena. Parece que aquele que conquista um espaço por aqui, passa a gostar somente dele ou do grupo dele (com muita sorte).
X-Acha que as almas habitantes já conquistaram o espaço e o respeito que procuram no cenário?
Prime: Não podemos negar que alcançamos um espaço considerável mas esta muito longe daquilo que são os nossos objectivos. O sucesso requer equilíbrio entre planejar e fazer, entre o teórico e o pratico. Uma vez alcançada os objectivos é preciso deixar de lado a indecisão. Nos procuramos unir o útil ao agradável e olhamos para as barreiras como obstáculos que devem ser pulados. Tudo o que nos tem acontecido é só o começo. Saberão quando atingirmos nossos verdadeiros objectivos
X-O xitapora tem estado a debater um tema sobre a lírica dos nossos rappers. Como vês as líricas moçambicanas em termos de criatividade e originalidade?
Prime: Quando estamos a fazer algo que não fomos nós que inventamos (Rap) não podemos acusar os outros de não estarem a ser originais e o liricismo tem mais a ver com a categoria que escolheste. No underground por exemplo, temos o street Hip-Hop (battle) que não exige liricismo mas sim flow e skillz, temos o hardcore que exige um elevado numero ou nível de palavras obscenas (é bem difícil dizer coisa obscena de forma lirica), conscious Hip-Hop e Rap Classic onde o liricismo é obrigatório, Rap Soul e Rap Poetry idem e por ai em diante. Para responder esta questão seria necessário saber qual é a categoria em causa. Existe o caso de fazer-se a maior parte destas categorias (1 único emcee), ai o liricismo é obrigatório. Já agora, com base é que vocês levantaram esse debate?
X-O que gostarias de mudar no hiphop?
Prime: Se a questão for relativa a nível nacional eu diria que gostaria de mudar todos os fazedores por outros novos, pois mudar a mentalidade de alguém, principalmente dos homens é algo quase impossível pois estes acreditam que renderem-se aos ideais de outrem seja um sinonimo de ausência de machismo. Até quando estamos errados sentimos que devemos impor autoridade. Gostaria de saber como seria um mundo onde todos mandam. É isso, eu mudava todos esses emcees e botava outros.
X-Acho que dentro em breve muitos rappers vão fazer rap em função da opinião que vira do TUNEL. Que tem a dizer sobre isso? Sente-se poderoso por vir a influenciar o rumo das coisas?
Prime: Hehehehe, Você(s) são mesmo uns Xitaporas, acredito que essa seja a preocupação de todos emcees: “Aqueles tipos das Almas Habitantes querem ditar as coisas no Rap Game”. Se esse for o caso então não será necessário trocar os emcees por outros. Eu como todos os homens quero conquistar um espaço, talvez a diferença seja que eu pretenda conquistar esse espaço fazendo coisas justas. Eu realmente preocupo-me com os outros, ate mesmo com aqueles que não gostam de mim e esse tem sido o meu maior defeito (bem diz o ditado: “aprenda a gostar de quem gosta de ti”). Eu aprendi a dizer “eu sou Deus” com um amigo meu (Alex Pene) e quando eu digo isso (não sei se é o caso do Mr Pene) quero incentivar as pessoas a acreditarem que são capazes de qualquer coisa (do bem) e ter sempre aquele lado cordial (querer o bem para os outros como queres o bem para ti mesmo). É verdade que as vezes Deus zanga, tanto que inundou a terra uma vez e passou uma praga a um local que de momento não me lembro qual, mas antes de mais nada, temos que nos lembrar que a nossa nacionalidade é a humanidade.
X-Que mais gostarias dizer que não tenhas tido oportunidade para tal ao longo desta conversa?
Prime: De momento não me aparece nada em mente, mas acredito que se me vier algo a alma eu não hesitarei em mijar neste urinol.
Comentando o debate sobre produção musical e preferencias no HipHop Time
sábado, 17 de maio de 2008
HIP HOP KARA KARA
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Ainda sobre o debate sobre produção musical e preferencias no hiphop time (Nao percam este domingo)
Na indústria musical, um produtor musical ou produtor discográfico é o termo que designa uma pessoa responsável por completar uma gravação master para que esteja pronta para o lançamento. Eles controlam as sessões de gravação, treinam e guiam os músicos e cantores e fazem a supervisão do processo de mixagem.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Produtor_musical
NAO PERCAM ESTE DEBATE DOMINGO ENTRE AS 14 h e 16h NO PROGRAMA CLASSICO HIPHOP TIME
quinta-feira, 15 de maio de 2008
debate sobre produção musical e preferencias no hiphop time
Porque razao alguns assinantes nao se identificam? (Caso dos IP's de Baba X e YoYo)
YoYo -196.22.56.21
Baba-X(K7S Azuis) -196.22.56.21
Nao estamos a dizer que é a mesma pessoa, até pensamos que nao se trata da mesma pessoa, mas agradeciamos que os assinantes nao se escondessem em nomes improvisados so para o momento em que pretendem deixar comentarios sobre fulano ou beltrano de modo que gerir melhor os comentarios.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
segunda-feira, 12 de maio de 2008
PRIME AKHIM EM ENTREVISTA EXCLUSIVA: Parece que aquele que conquista um espaço por aqui, passa a gostar somente dele ou do grupo dele(com muita sorte)
"Tudo esta bem e tudo esta mal. Tudo esta bem porque hoje os emcees estão mais preocupados e mostrar trabalho (vídeos, álbuns, eventos e etc.) e tudo esta mau quando nenhum emcee quer aderir tais trabalhos. Deixamos de aderir tais trabalhos por mera inveja: “A inveja é uma pedra que se volta para quem a atira.” Estamos numa fase em que devemos aderir tudo o que vem do Hip-Hop, quando não aderes o trabalho, evento ou obra de um emcee, não fodes a ele mas sim a ti mesmo. É não é um emcee que morre quando não aderimos o trabalho dele mas sim nós mesmos."
Se fosse possível saber o dia da sua morte, você iria querer saber?
Como diz o Plus (um dos membros do grupo Almas Habitantes) "Temos duas oportunidades na vida: uma é nascer e outra é morrer, as restantes criam-se para sobreviver", imaginemos que nos fosse cedida por ELE a chance de ter uma terceira oportunidade, que seria a de saber o dia, hora, local e a causa da sua morte, você iria querer saber?
Ainda sobre os projectos mortos.
Hihihihihihihi. Ish...Epah... ya, a resposta do "Hi" em relação a questão do "Kasulu" é mesmo muito profunda. Não posso dizer nada em relação aos Náuseas mas no que respeita ao Drifa, acredito que ainda é muito cedo para dizer algo tipo "...projectos eram feitos por pessoas k no fundo não acreditavam no k xtavam a fazer. Por isso e k morrem. Fizeram por causa da vibe do momento. Hj em dia nem vivem 2o o k diziam acreditar," pois o Drifa lançou o "Muitos Chamados Poucos Escolhidos" a sensivelmente 1 ou 2 anos atrás, o que significa que ele ainda esta dentro do "sistema hip hop" e talvez esteja ate a "cozinhar" outro álbum "O Escolhido", hehehe... Agora quanto as Náuseas posso ate concordar com o "Hi" pois estes desapareceram no tempo desses outro projecto (o mano
esqueceu de mencionar 666, Sociedade Anónima heheheh). A verdade é que não é fácil "manter ate ao fim", principalmente neste nosso pais (onde todos fazemos algo porque vimos alguém, esta na moda e etc.) Para evitar isso, cada individuo ou grupo deve(m) determinar parâmetros e e decidir porque é que faz(em) o que fazem. Estava eu junto do Vate (meu companheiro de Grupo) a ler este blog e ele decidiu que devia lançar o seguinte tema:
Porque é que fazes o teu hip hop?
NB: {Vate – Membro do Grupo Almas Habitantes/Mentes Negras
Autor da música “Livre Como Num Sonho”
www.myspace.com/mentesnegras)
Por: Soares Matsinhe (Prime Akhim), Editor da revista O Tunel
domingo, 11 de maio de 2008
Ha criatividade na lirica dos MC's Moçambicanos?
Um dos rappers que muito influenciou o hiphop é sem duvida Nas.O seu primeiro album Illmatic estabeleceu Nas como um dos mais profundos liricos de hiphop, introduzindo a sua assinatura poetica ao hiphop. Muitos consideram Rakim (The God) como o melhor lirico de sempre e Nas (The God's son) como a extensao de Rakhim. Nao nos interressa saber quem é o melhor lirico do hiphop, mas sim debater em torno das tecnicas de escrita.Existem MC's realmente geniais na forma como projectam as suas letras ou todos sao previsiveis repetitivos?Existem linhas (versos) que podem durar anos e anos e se transformarem em classicos da arte de rimar em Moçambique?A tecnica de escrita é original?Quantos MC's mostram pensamento nas suas letras( entenda-se letras racionais e nao obvias)?
Classe Neutra - Putaminaçao Da Nossa Especie
Desfrutem este fiel retrato da sociedade moçambicana, uma banda sonora de um pais que submerge na hipocrisia, corrupçao, elitismo e snobismo.
Preste atençao a letra...uma verdadeira raridade!!!!
Em quanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos havera guerra: Bob Marley (1945 - 1981)
“um dia eu vou morrer,afinal todos irão morrer, vão me enterrar,um fazendeiro muito louco vai me adubar e me transformar em um lindo pé de maconha, só assim poderei saber que mesmo depois de morto continuarei fazendo sua cabeça”
"Os homens pensam que possuem uma mente,mas é a mente que os possui"
"Music and herb go together. It's been a long time now I smoke herb from 1960s, when I first start singing." - Bob Marleysexta-feira, 9 de maio de 2008
RAP MADE IN ANGOLA: FLAGELO URBANO
Chama-se Oswaldo Moisés Capeça mais conhecido nos meandros do hiphop angolano por Flagelo Urbano, e estreia-se no xitapora blog com tres sons de grande nivel, onde se destaca a musica "Apenas Ser" que servira de avanço promocional da obra deste MC em Moçambique. Pela primeira vez o xitapora disponibiliza musicas para download, numa inciativa visando a divulgaçao deste talentoso rapper angolano no circuito underground moçambicano. O download das musicas de Flagelo Urbano podera ser feito apartir daqui.
terça-feira, 6 de maio de 2008
Consideraçoes sobre o termo NIGGA (urban dictionary)
NIGGER- a black man with a slavery chain around his neck.
NIGGA- a black man with a gold chain on his neck.
2. Nigga
| a word a white person can NEVER say while a black person is present or they will be beat down. but they say it with fellow white people White person A: yo nigga White person B: *looks around* White person A: there none around i checked already White person B: well in that case, fo shizzle my nizzle niggaaaa. |
3. nigga
| Something I would get my ass kicked for saying. Me to Black person: What up my nigga! Black person: You better run whiteboy! |
4. nigga
| A word used by blacks to maintain racial seperation and dwell on events over one hundred years ago. "You ccaint say nigga cuz you aint black you is white and you great great great grandaddy kept my great great great grandaddy as a slave, so you need to give me yo money, dawg. |
5. nigga
| from one black man to anothor meaning to say; homie, brotha..etc. "wudup nigga" |
6. nigga
| A derogatory word used by black people to retain (and exploit) their ancestors past as slaves. Many blacks claim it's a term of endearment (akin to brother, homie, etc), but in no way can it be as its root meaning is ignorance. It's another double standard of racism in our current time. White guy "what up nigga" Black guy "nigga?" White guy "you know what I mean bro" Black guy "you mean I'm a nigger" White guy "Nah man, it ain't like that" Black guy punches the white guy. Black guy gets arrested for assault and released without charges because the white guy is accused of using racial slurs (that the Black guy uses everyday in his vocabulary with his "brothers" that he has no idea if he's actually related to). 7. nigga
Fonte: http://www.urbandictionary.com/define.php?term=nigga |
segunda-feira, 5 de maio de 2008
sábado, 3 de maio de 2008
Ainda sobre a clandestinidade (Afonso Brown)
Defenitivamente este debate ja começa a ficar desgastante, aliás este blog por si so ja começou a desgastar-me. Vamos la perceber muito bem o que esta acontecer aqui:o blog iniciou uma matéria com o titulo “clandestinidade(?)”, onde o ponto de interrogaçao esta ali mesmo para excercer a sua função de interrogar, portanto não se trata aqui de nehuma afirmação. O desenvolvimento da matéria em nenhum momento faz alusão a algum tipo de reivindição em relação ao status dos grupos, até porque o termo clandestinidade não é usado para se referir a algum tipo exclusão mas sim para caracterizar as opções dos grupos em relação a forma de divulgação das suas obras. Este termo clandestinidade pode nao ser o mais adequado para nos debruçarmos em torno deste assunto, contudo o texto em si é elucidativo quanto ao “target” do blog quando aborda esta questão. Ora vejamos, esta matéria é acompanhada por uma outra que aborda a distribuição nao convencional das musicas através da internet, então, subentende-se aqui, que houve um cuidado de nao usar o termo indie para qualificar este movimento “escondido” por não se enquadrar naquilo que é realmente a cultura indie. O que as pessoas não quiseram perceber, é que o blog chamava atenção para se analisar esses grupos que escolheram meios não convencionais para expandirem as suas obras, grupos esses cujos cosumidores poderão ser em menor ou maior quantidade se compararmos com a audiencia tradicional das radios e televisoes.Existe uma audiencia multiracial e multinacional que emerge com a internet, é aqui onde insisto no redimensionamento dos grupos tendo em conta esses “ouvidos” que poderão não ser os mesmos colados a um recptor de rádio ou tv, com outras exigencias e sensibilidades.Essa nova realidade, cibernética, pode criar o exodo dos grupos da tradicional sistema musical para o virtual, ou então pode parir grupos voltados exclusivamente aos condicionalismos desta plataforma digital. Entao aqui aparecem também os nerds a redefinirem a musica no contexto virtual, ou seja, é toda uma realidade musical que esta redimensionar-se, alheia as radios e tv’s, acessivel desde os blogs, passando pelos emules e programas de descarga de torrents e por ai em diante. É para esta realidade que caminhamos, e que muitos deram os seus passos através de colabs entre artistas de realidades geograficas distintas, contudo aqui temos artistas que nos ja ouviamos ans rádios, mas na verdade estou falando daqueles que nasceram na internet e fazeram da mesma o seu único habitat.Falo também daqueles que assimilaram a internet como o seu meio...parece brincadeira mas na internet tudo é possivel. Deixemos de mal entendidos e abordemos a questão sem tiranizar certas pessoas ou então culpar A ou B por preferir um meio de divulgação até agora não convencional, mas que nao deixa de ser uma realidade com a qual devemos contar.
Afonso Brown
Ainda sobre a clandestinidade (Prime Akhim)
Quanto a questao que ficou no "ar": Que se criem
classificacoes clandestinas (opiniao pessoal) para
esse rap "clandestino" ou talvez seja o caso de implementar
a categoria "O(a) melhor mc/musica/video/grupo/produtor
album clandestino(a). Parto do principio que as
pessoas tem que lutar por um espaco e reconhecimento e
nao ficar a espera que alguem crie tais condicoes para ele
(chega ate a ser pecado... heheheheheh) e sendo hip hop um
movimento de intervencao social, nao vejo porque e/ou como
alguem pode intervir socialmente com algo que esta na
"clandestinidade". Se alguem quer "dropar" porque "gosta" e/ou
o faz para ele e os amigos que nao reclame a falta de espaco ou
reconhecimento na radios; que nao reclame por nao constar nas
analises criticas e descricoes do hip hop "Maputense"
(acredito que nao seja coreto dizer nacional quando tratamos
apenas de algo local). Eu pessoalmente vou atras do "mc's"
pedir os "tracks" deles (quem me conhece sabe disso) e isso nao e
para dizer que tenho muito "rap" local mas sim para distribuir
pelas pessoas deixando-as saber que "nos rappers" existimos e
nesse percurso as pessoas me dizem: "Boas musicas, tem albuns estes
rappers"; "quando vao fazer a proxima musica"; "tem video"; "porque
nao mudam essa maneira de cantar"; "porque nao gostam de aparecer"
"nunca vi os donos destas musicas nos shows de hip hop" e etc.!
Quando passo esta info aos "rappers" eles vem com aquela "contraste"
que nao vale a pena mencionar. Entao ai eu paro e noto que muito
estao a brincar de fazer "rap" enquanto nao apanham outra coisa para
fazer e esquencem-se de lavar ou limpar a tal "camisola" que tanto
"amam" quando alguem ou eles mesmos a sujam.
Por :Prime Akhim Editor da Revista O Tunel e membro do grupo Almas Habitantes
Pharoahe Monch: Quero inspirar e tirar emoções diferentes das pessoas
Por Filipe Luna
Fonte:www.radiolaurbana.com.br
Conhecido como o MC preferido de seu MC preferido, Pharoahe Monch também é um dos MCs preferidos dele mesmo. Sem falsa modéstia, o rapper conversou por telefone com a Radiola Urbana e soltou a seguinte pérola: "saindo da minha pessoa e me enxergando como um fã, eu realmente colocaria Pharaohe, liricamente, entre os grandes".
Monch foi um dos principais nomes da extinta gravadora Rawkus e juntamente com a dupla Blackstar, formada por Mos Def e Talib Kweli, ajudou a redefinir o hip hop na segunda metade dos anos 90. Antes disso, formava o cultuado duo Organized Konfusion com Prince Po.Porque demorou tanto para sair o seu segundo disco desde a estréia, em 99, com "Internal Affairs"?
Passei a maior parte do tempo tentando sair do selo, o Rawkus, e resolvendo problemas com eles. Estava infeliz e eles ficaram me segurando lá, sem deixar eu ir embora.
Você gostava de trabalhar no selo?
No primeiro disco foi ótimo, mas no segundo virou uma coisa completamente diferente. Eles queriam fazer música mais mainstream. Também perderam o acordo de distribuição que tinham. Várias coisas estavam dificultando o lançamento do disco.
É muito diferente trabalhar com uma major, a Universal, no seu caso?
De jeito nenhum. Não para mim, pelo menos. O que tornou a Rawkus tentadora para mim era o fato de que as pessoas tinham a liberdade de criar. Na Universal foi a mesma coisa porque foi gravado através da SRC, que era a antiga Loud records, também de Steve Rifkin, e ele me dá liberdade total.
A distribuição é melhor? Você atinge mais pessoas pela Universal?
Depende, "Internal Affairs" vendeu 300 mil cópias. "Desire" ainda nem vendeu tudo isso. São tempos diferentes agora. Talvez eu tivesse atingido mais pessoas, em termos de exposição, mas quem pode saber? É uma outra época...
"Desire" tem uma sonoridade agressiva. Você estava com raiva de algum assunto ou pessoa especificamente?
Basicamente eu quis que soasse inspirador, grande e agressivo e que as músicas tivessem um sentimento mesmo antes de incluir meus vocais.
A agressividade é algo intrínseco ao hip hop?
Acho que é um erro enquadrar o hip hop em algum conceito. Na maior parte, hip hop é a voz do povo. E essa voz pode ter muitas coisas para dizer. Tento deixar espaço para ficar com raiva, triste, se apaixonar ou sofrer a perda de uma pessoa amada. Não quero me fixar apenas na agressividade porque a vida é muito ampla.
Gravar seu segundo álbum aos 35 anos te deixa mais seguro para falar de assuntos mais pessoais?
Definitivamente, a sabedoria é uma coisa linda. Voce vê o que fez no passado e o que aprendeu por experimentar o amor e ser magoado, e experimentar o amor de novo e perder pessoas que você ama. Você tem que passar essa sabedoria para frente. É assim que tem que soar esse disco. Não é para soar como se eu tivesse 17 anos, sabe?
Você já colaborou com vários artistas importantes do hip hop, como Jay Dee ou o De La Soul. Como você se vê como artista no meio desses caras?
Não sei... Bem, seria um grande fã de Pharaohe Monch, se pudesse sair de mim mesmo e observar de fora. Pela variedade, pelos conceitos diferentes. Saindo da minha pessoa e me enxergando como um fã, eu realmente colocaria Pharaohe, liricamente, entre os grandes.
Quais são suas qualidades?
Eu realmente gosto de alguns versos desse disco, das coisas do Organized Konfuzion e definitivamente de muitas coisas, em termos de letras, do "Internal Affairs". Mas acho que, no geral, "Desire" é o meu melhor álbum solo. E já comecei a trabalhar no próximo, então não vai demorar tanto dessa vez. E está ficando do caralho, estou muito animado! Sinto como se fosse o comecinho do segundo tempo ainda, não chegou nos descontos, acabei de sair do intervalo. É uma coisa linda, estou ansioso para levar essa música para as pessoas.
O que você achou do Nas ter dito no disco dele que o hip hop morreu? Ele está certo de alguma maneira?
Definitivamente. De uma maneira é uma metáfora sobre como as pessoas lidam com a música, especialmente nos EUA. Viajei para outros países e é diferente, existe um respeito maior pela música fora dos EUA. Acho que é uma metáfora de que as pessoas não tem o respeito pelo aspecto da dança, do grafitti, e até do DJ, da cultura. Culturalmente está num coma. Entendo o que ele quer dizer metaforicamente, mas ainda está vivo porque artistas como eu ainda estão aqui, fazendo a música.
Ainda há espaço para o hip hop crescer e evoluir?
Sim, claro.
Quem faz coisas interessantes hoje em dia?
Adoro essa menina chamada Georgia Anne Muldrow, da Stones Throw. Gosto de Kweli e Mos, Imortal Technique... Qualquer coisa que seja de verdade e do coração.
O que você acha de o hip hop ter se tornado tão mainstream? Tipo, o Kanye e o 50 Cent venderam quase um milhão de cópias na semana de lançamento...
Acho que é bom. Se você olhar bem, vai poder enxergar através da porcaria de marketing hollywoodiano que tem nisso. Kanye é um dos mais prolíficos artistas, suas produções são realmente muito boas. E 50 sempre vem com a lição do trabalho duro. Muitas pessoas reclamam da música, mas é muito evidente que quem se esforça vai chegar no seu destino.
Há uma certa ironia no fato de o hip hop ter saído dos guetos para dominar o mainstream? A alma da música não se perde nesse processo?
Hum... Bem, fica um pouco diluída, mas qualquer coisa que venda precisa ser comercializada e propagandeada da maneira certa. O mérito da música sempre vai ser mais importante, o quão boa a música é. Mas tem também o aspecto de saber como vender essa música, o marketing.
É importante vender bem da perspectiva do artista?
Hum, depende. Algumas pessoas entendem qual é o talento e o valor deles e querem ser compensados. Outros fazem por razões diferentes. Nem todo mundo ganha do mesmo jeito, mas dá para pagar as contas fazendo isso. Porém, muitas pessoas que aparecem num clipe de sucesso e tal podem nem estar ganhando tanto dinheiro como alguém que está fazendo turnês constantemente como o The Roots ou Kweli.
Qual é a sua motivação para fazer hip hop?
Gosto do desafio, não gosto de ficar numa zona de conforto. Quero inspirar e tirar emoções diferentes das pessoas, como se fosse um filme. Gosto de ir ao cinema e sair sentindo que posso lutar karatê ou ser um herói de ação e acho que a música pode ter um efeito parecido nas pessoas.
Não é muito comum fazer covers no hip hop, mas você fez de "Welcome to the terrordome", do Public enemy. Porque escolheu essa música?
Essa música foi muito inspiradora para mim e achava que precisava ser ouvida pelas pessoas, essa letra tinha que ser ouvida novamente. E a batida me deixava muito empolgado, então quando aprontei o beat comecei a fazer um freestyle e foi saindo a letra. E pensei: "Nossa, isso ficou bom!". Daí mandei pro Chuck D, ele ouviu e me deu sua aprovação. Achei que ia ser massa fazer porque muitos dos garotos que gostam de hip hop hoje em dia nunca ouviram a versão original.
Você pretende gravar novamente com o Prince Po como Organized Konfuzion?
Quem sabe o que o futuro nos reserva?
Vocês ainda colaboraram?
Sim, a gente se fala.
Ainda são amigos?
Ah, definitivamente!
Você apóia a pré-candidatura de Barack Obama para presidente?
Sim, acho que ele é o meu favorito. Gosto da sua política, dos seus pontos de vista.
Você acha que ele ser eleito vai mudar a situação dos afro-americanos nos EUA?
Hum... Acho que não. Nem sei se isso é possível. Se você começa a mudar a forma como a economia se organiza, você corre o risco de ser eliminado, assassinado.
Sério? Você acha que existe a possibilidade de um atentado contra ele?
Sim, é claro. Se alguém atira em Ronald Reagan, definitivamente poderia colocar veneno de rato na comida dele, ou sei lá que porra eles podem fazer. Foi assim que aconteceu no passado, sabe?
É um sentimento geral nos EUA?
Não sei se é um sentimento geral. Mas é algo com o que ele não parece estar preocupado e isso é o mais importante.
A forma convencional de distribuição de músicas já não faz mais sentido.
A popularização do mp3 e das tecnologias de cópias de cd (a famosa pirataria) estão obrigando as grandes gravadoras a reverem suas estratégias. Além disto,as ferramentas profissionais de produção musical estão cada vez mais acessíveis e a troca de informações entre os usuários da internet está aumentando a cada dia.
Aproveitando este cenário, músicos de toda parte estão desenvolvendo seus talentos produzindo faixas realmente interessantes e, através da web, divulgam seus trabalhos de maneira independente, sem intermediários.
Esta nova forma de distribuição vem ganhando destaque nos últimos anos quando começaram a surgir os chamados Netlabels, portais da web onde músicos disponibilizam seus trabalhos para download. Os próprios músicos escolhem as regras de licensa. As mais usadas são as previstas no pacote Creative Commons (que rege também o Radar Cultura). http://www.creativecommons.org.brAlém dos Netlabels, há também o Myspace (www.myspace.com), comunidade on-line semelhante ao Orkut (www.orkut.com) muito popular entre músicos independentes, onde artistas podem postar suas faixas para outros usuários ouvirem.
Fonte: http://www.radarcultura.com.br/node/3915
PROJECTOS MORTOS?????
Kasulu: Voces se recordam Dos Projectos Hip hop Laranja, Desminagem, Siahuma, Tumbacao, Terceiro Bloco dos Incultos, Muitos Chamados poucos escolhidos, Nauseas, Stru-Chamber Style,Panela do Hip hop .
Hi: Kasulo tds exes projectos eram feitos por pessoas k no fundo nao acreditavam no k xtavam a fazer. Por isso e k morrem. Fizeram por causa da vibe do momento. Hj em dia nem vivem 2o o k diziam acreditar
Entao?Aguardamos os vossos comentarios
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Ainda sobre a clandestinidade (Inercio)
| show details Apr 29 (2 days ago) |
Nao é por acaso k grupos como Medlevel foram nomeados pa os premios do hiphop time. Exes grupos k falaste devem deixar d s esconder pa serem incluidos na analise do hiphop nacional
de Inercio
Recebemos este mail do senhor Inercio em resposta ao anterior post com titulo clandestinidade, embora nao concordemos com a opinao dele achamos por bem partilhar com os nossos visitantes o ponto de vista acima e desde ja aguardar mais reacçoes ao mesmo.